O burnout é uma doença ocupacional que atinge uma grande parte dos brasileiros. Segundo pesquisas, mais de 30% da população economicamente ativa sofre com esse problema, sendo que o Brasil ocupa o 2º lugar no ranking de países com maior prevalência de burnout.
Vale destacar que, em 2022, entrou em vigor a mudança da OMS acerca da classificação do burnout. Ao invés de ser tratado apenas como uma síndrome generalizada, ele passa a ser classificado como doença ocupacional, evidenciando a relação causal entre o desenvolvimento desse transtorno e as condições de trabalho.
Fica nítida a necessidade de inserir a discussão acerca do burnout no ambiente de trabalho, não é mesmo? Então continue a leitura e entenda mais sobre o que é o burnout e como integrar o combate à essa doença nas suas estratégias de saúde ocupacional.
Como você já sabe, o burnout passou a ser considerado como uma doença ocupacional a partir de 2022. Isso significa que o desenvolvimento desse transtorno está totalmente ligado ao trabalho.
Porém, não há uma causa única para esse problema. Ele surge a partir de uma série de fatores que, quando interligados, podem fazer com que os trabalhadores desenvolvam o burnout dentro de uma empresa.
O estresse é um desses elementos, incluindo também a sobrecarga de trabalho, pressão por resultados rápidos, pouco tempo de descanso ao longo da jornada de trabalho e ameaças constantes. Profissionais que ocupam cargos de alta responsabilidade ou atuam em profissões nas quais o desgaste emocional é muito grande — como é o caso dos profissionais da saúde —, também podem estar mais sujeitos ao desenvolvimento do burnout.
O conceito de saúde ocupacional se refere à busca pelo bem-estar físico e mental dos trabalhadores no geral, independente da sua profissão ou ambiente no qual atua. Dessa forma, a saúde ocupacional tem como objetivos:
● incentivar o bem-estar físico, mental e social;
● prevenir adoecimentos e lesões relacionados ao trabalho;
● proteger os trabalhadores contra riscos do ambiente de trabalho;
● garantir que o trabalho esteja adequado às aptidões físicas e psicológicas do trabalhador.
Toda empresa tem como obrigação, tanto legal quanto ética, a promoção da saúde ocupacional. Isso significa que a organização precisa desenvolver estratégias eficientes para evitar adoecimentos e proteger os trabalhadores contra os riscos relacionados ao trabalho. Isso inclui a prevenção ao burnout que, quando não combatido, pode virar um grande problema na organização.
Por ser uma doença ligada ao trabalho, o combate vai além de práticas individuais, como terapia ou medicação para o trabalhador acometido — o que não descarta a importância desses processos. Para combater esse problema, é essencial ter em mente as ações de saúde ocupacional como um todo, buscando formas de mudar as condições de trabalho e o ambiente da empresa para promover a saúde e combater os adoecimentos, tanto físicos quanto mentais.
Como você pode perceber, a promoção da saúde ocupacional é uma grande aliada na prevenção do burnout dentro da empresa. Afinal, para que isso não se torne um problema, é necessário modificar as condições de trabalho de forma a evitar um ambiente hostil e gerar bem-estar para os trabalhadores.
Veja agora algumas boas práticas de saúde ocupacional que podem ajudar no combate ao burnout:
● converse com os trabalhadores abertamente para entender quais são os elementos do ambiente e as condições de trabalho que podem estar levando ao adoecimento;
● fique atento aos gestores e busque identificar se o modelo de liderança adotado está gerando estresse e sobrecarga;
● análise a organização do trabalho dentro da empresa, buscando identificar focos de estresse e esgotamento;
● crie uma cultura organizacional na qual a equipe seja capaz de expressar as suas insatisfações;
● crie planos de ação para a melhoria contínua do ambiente e das condições de trabalho;
● elimine ou neutralize os riscos no ambiente de trabalho. Afinal, ameaças à integridade física e a ocorrência de acidentes podem ser geradores de estresse e burnout na empresa;
● revise constantemente as ações de saúde organizacional de forma a sempre mantê-las adaptadas às necessidades da empresa e dos trabalhadores.
Como você pode perceber, o burnout é um doença ocupacional com grande prevalência no Brasil e que pode ter consequências graves para as empresas e trabalhadores. A promoção da saúde ocupacional é uma das melhores formas de criar condições de trabalho adequadas que ajudam no combate ao burnout dentro da empresa. Portanto, aproveite as nossas dicas e comece, agora mesmo, a investir na saúde dos seus trabalhadores!
Psicóloga, mestranda em psicologia social, com experiência em gestão de RH, saúde e segurança do trabalho.
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